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Gravações são reveladas e mostram conversas de Robinho sobre caso de estupro


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Robson de Souza, apelidado por “Robinho” no mundo futebol, e seu amigo pessoal, Ricardo Falco, foram condenados em primeira instância a nove anos de prisão por violência sexual de grupo contra uma jovem, em 2013. À época, o jogador atuava no Milan. O site “globoesporte.com” teve acesso ao documento em que se mostra interceptações telefônicas realizadas contra os envolvidos, autorizadas pela Justiça.

O caso ocorreu em uma boate de Milão chamada “Sio Café”, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. Além de Robinho e Falco, mais outros quatro brasileiros teriam participado do ato classificado pela Procuradoria de Milão como violência sexual. Os quatro deixaram a Itália no decorrer da investigação, eles estão sendo processados num procedimento à parte. É o que disse ao “globoesporte.com” o advogado Jacopo Gnocchi, que representa a vítima.

Robinho e Falco foram condenados pelo artigo “609 bis” da Justiça italiana, em que se fala sobre participação de duas ou mais pessoas reunidas para ato de violência sexual – forçando alguém a manter relações sexuais por sua condição de “inferioridade física ou psíquica”.

Nas diversas declarações grampeadas, mostra-se uma conversa de Ricardo Falco com Robinho que indicou ao tribunal que os envolvidos tinham consciência da condição da vítima. Cada um dos outros quatro brasilerios acusados aqui estão identificados como “Amigo 1, 2, 3 ou 4”.

Falco: –Ela se lembra da situação. Ela sabe que todos transaram com ela.

Robinho: – O (NOME DE AMIGO 1) tenho certeza que gozou dentro dela.

Falco: – Não acredito. Naquele dia ela não conseguia fazer nada, nem mesmo ficar em pé, ela estava realmente fora de si.

Robinho: – Sim.

Logo no primeiro mês de monitoramento, uma interceptação mostrou o músico Jairo Chagas, que tocou naquela noite na boate, avisa a Robinho sobre a investigação. O jogador, então, responde:

Robinho: – Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu, e completa, olha, os caras estão na merda… Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei aquela garota. Vi (NOME DE AMIGO 2), e os outros foderam ela, eles vão ter problemas, não eu… Lembro que os caras que pegaram ela foram (NOME DE AMIGO 1) e (NOME DE AMIGO 2)…. Eram cinco em cima dela.

Ainda em janeiro de 2014, o músico e o jogador voltaram a falar sobre o episódio. O diálogo entre os dois transcrito na sentença é o seguinte:

Robinho: –A polícia não pode dizer nada, eu direi que estava com você e depois fui para casa.

Jairo: – Mas você também transou com a mulher?

Robinho: – Não, eu tentei. (NOME DE AMIGO 1), (NOME DE AMIGO 2), (NOME DE AMIGO 3)…

Jairo: – Eu te vi quando colocava o pênis dentro da boca dela.

Robinho: – Isso não significa transar.

Também foram grampeadas conversas de Robinho com um de seus amigos. Aqui, identificado como “Amigo 4”:

NOME DE AMIGO 4: – Irmão, tive dor de barriga de nervoso, eu me preocupo por você, amigo.

A resposta de Robinho, segundo a transcrição das gravações, foi:

– Telefonei a (NOME DE AMIGO 3), e ele me perguntou se alguém tinha gozado dentro da mulher e se ela engravidou. Eu disse que não sabia, porque me recordo que eu e você não transamos com ela porque o seu pênis não subia, era mole… O problema é que a moça disse que (NOME DE AMIGO 1), (NOME DE AMIGO 2) e (NOME DE AMIGO 3) a pegaram com força.

A defesa da vítima 

A vítima, uma mulher de origem albanesa, diz que foi à boate em 21 de janeiro de 2013 para comemorar seu aniversário de 23 anos ao lado de duas amigas. No dia, a programação da boate era dedicada à música brasileira.

Lá, estava Robinho junto a sua eposa e um grupo de quatro amigos. A violência contra a jovem teria ocorrido dentro do camarim usado pelo músico Jairo Chagas.

No depoimento à justiça, a vítima disse que conheceu Robinho dois anos antes do crime – em 2011, em outra boate de Milão. Disse que em duas oportunidades em que se encontraram, o jogador, na primeira, pegou a mão dela e colocou em seu abdômen; na segunda, eles dançaram numa festa, e o jogador “tentou lamber o seu seio”. Mas ela disse que os episódios não a preocuparam.

Segundo a vítima, um dos amigos de Robinho a convidou para ir ao Sio Café, mas informaram que só deveria se aproximar da mesa depois que a mulher do jogador fosse embora.

Assim que isso aconteceu, ela e duas amigas se juntaram ao grupo de brasileiros, que depois passou a ter também a presença de Ricardo Falco. Segundo a vítima, os brasileiros ofereceram várias bebidas alcoólicas, mas apenas ela bebia, pois uma das amigas estava grávida e a outra estava dirigindo.

Por volta da 1h30 da madrugada, suas duas amigas foram embora e prometeream voltar para buscá-la. Ela, então, permaneceu na boate dançando com os amigos de Robinho quando, sem ar e um pouco “tonta”, ela foi para a área externa do local. Lá um dos acusados no processo que corre à parte tentou beijá-la.

Segundo suas recordações, ela ficou no local sozinha por alguns minutos e “percebeu” que o mesmo amigo e Robinho estavam “aproveitando” dela.

– Acredito que no início estivesse fazendo sexo oral em [NOME DO AMIGO 3], e Robinho aproveitava de mim de outro modo, e depois eles trocaram de papel, dali não me recordo mais nada porque me encontrei rodeada pelos rapazes, não sabia o que acontecia – disse a vítima no depoimento.

Nos dias seguintes ao episódio, a jovem teve contato com Falco e com um dos outros brasileiros que estiveram na boate através de mensagens no Facebook e pelo telefone. Ao primeiro, disse que iria procurar um advogado. Ao segundo, ela chegou a dizer que estava grávida (com a intenção de “deixá-lo preocupado”).

Fonte: https://www.esporteinterativo.com.br/

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